A Segunda Guerra Mundial sempre me intrigou. Lembro de quando comecei a estudar as grandes guerras na escola e do quanto me sentia ao mesmo tempo angustiada e curiosa para entender como a humanidade chegou a esse ponto. Grande parte da angústia vem do fato de que nem é tão difícil assim chegar a esse ponto, já que genocídios continuam acontecendo pelo mundo e discursos extremistas continuam ganhando espaço na sociedade até hoje. Maus, quadrinho do Art Spiegelman, consegue traduzir de maneira excepcional a necessidade de refletirmos sobre o passado e não deixar que ele se repita.
Chega o mês de março e começam as movimentações para o dia internacional da mulher: em alguns setores a data já faz parte do calendário editorial, enquanto que outros são sempre pegos de surpresa e precisam improvisar para "não deixar o dia passar em branco". A verdade é que datas assim, na era digital, meio que nos obrigam a postar algo, a nos posicionar, a mostrar que a gente se importa. "Não, eu não sou machista, olha aqui o meu post de 8 de março". A internet é um eterno viver de fachada.
Sempre vi a leitura como uma forma de viajar através das páginas, seja no espaço ou no tempo. Alguns livros são capazes de fazer isso mais do que outros, construindo universos tão vívidos que me fizeram me sentir ali, em meio aquele cenário. Durante essa quarentena, histórias assim tem se tornado cada vez mais um refúgio para mim, sendo uma forma de escapar da realidade - ou refletir a respeito dela sob outro ponto de vista. Resolvi então reunir neste post algumas indicações para tentar saciar a vontade de viajar - ou quem sabe incluir novos lugares no seu itinerário.