Chega o mês de março e começam as movimentações para o dia internacional da mulher: em alguns setores a data já faz parte do calendário editorial, enquanto que outros são sempre pegos de surpresa e precisam improvisar para "não deixar o dia passar em branco". A verdade é que datas assim, na era digital, meio que nos obrigam a postar algo, a nos posicionar, a mostrar que a gente se importa. "Não, eu não sou machista, olha aqui o meu post de 8 de março". A internet é um eterno viver de fachada.
Sempre vi a leitura como uma forma de viajar através das páginas, seja no espaço ou no tempo. Alguns livros são capazes de fazer isso mais do que outros, construindo universos tão vívidos que me fizeram me sentir ali, em meio aquele cenário. Durante essa quarentena, histórias assim tem se tornado cada vez mais um refúgio para mim, sendo uma forma de escapar da realidade - ou refletir a respeito dela sob outro ponto de vista. Resolvi então reunir neste post algumas indicações para tentar saciar a vontade de viajar - ou quem sabe incluir novos lugares no seu itinerário.
Quando a Editora Paralela anunciou este lançamento, fiquei super animada por saber que seria uma mistura de thriller psicológico com drama familiar. Amo os dois gêneros, e a premissa deste livro me intrigou de cara. Tratar de maternidade num contexto imperfeito tem sido uma tendência, uma vez que cada vez mais a sociedade demanda a desmistificação dessas visões idealizadas do que é ser mãe. Mas a trama desse livro vai muito além disso.