Quem me acompanha há algum tempo por aqui ou lá no Instagram sabe que não sou uma grande adepta de listas de leitura (as famosas TBRs). Não consigo me comprometer, sou uma leitora que define o próximo livro a ler na hora, de acordo com a vibe, com os sentimentos do momento, com o tipo de aventura em que quero embarcar. Entretanto eu já cometi o erro de estipular metas de leitura que acabei não cumprindo. Essa semana resolvi revisitar alguns desses posts e vim aqui compartilhar 5 livros que eu prometi ler muito tempo atrás e, até agora, continuam como não lidos.
Do desafio #EstanteZero
Lá em 2019 eu resolvi fazer parte de um desafio literário que tinha como objetivo ler todos os livros não lidos da estante antes da black friday daquele ano, buscando diminuir a pilha de livros acumulados (confira aqui o post do desafio). Na época eu separei 30 livros pra ler, mas acho que não li nem 10 deles no período estipulado. Alguns eu acabei lendo depois, outros eu me desfiz por que não tinha mais interesse em ler, mas 3 estão aqui ainda intocados desde essa época. São eles:
1. Praia de Manhattan, da Jennifer Egan: o livro acompanha Anna Kerrigan e Dexter Styles em um universo noir povoado por gângsteres, mergulhadores e banqueiros durante os tempestuosos anos 1940. Com quase 12 anos, Anna acompanha o pai à casa de Styles, uma figura enigmática que pode ser crucial para a sobrevivência de sua família. Durante a visita, ela fica completamente hipnotizada pelo mar em volta da construção e pelo mistério que ronda a relação entre os dois homens. Anos depois, o pai de Anna desaparece. Já adulta, ela se torna a primeira mulher mergulhadora e conserta os navios que vão ajudar o país durante a Segunda Guerra Mundial. É nesse cenário que, em uma noite de folga, reencontra Styles em uma boate. Certa de que ele pode ajudar a desvendar os segredos que envolvem a história do pai, Anna inicia uma relação tão improvável quanto perigosa.
2. Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe: Ao escrever Werther, em 1774, Johann Wolfgang Goethe alcançava sua primeira obra de sucesso e, de quebra, dava início à prosa moderna na Alemanha. Werther não é, simplesmente, um romance em cartas assim como Nova Heloísa de Rousseau ou Pamela de Richardson. Esta que é uma das mais célebres obras de Goethe é o romance de uma alma, uma história interior. Dilacerante, arrebatada é a história de uma paixão literalmente devastadora. Com enorme repercussão quando do seu lançamento, Werther foi um testemunho de como a literatura tinha poder de agir na sociedade. Não foram poucos os suicídios atribuídos ao romance.
Outro livro não lido que ainda tenho também dessa lista é Bem-vindos ao paraíso, da Nicole Dennis-Benn, que é uma da minhas leituras atuais.
Do reel "tô enrolando pra ler esses"
Vê mesmo, em 2022 eu fiz
um reel com livros que eu estava enrolando pra ler e até agora continuo na mesma! Desse reel eu só li "Vá, coloque um vigia", que foi a minha terceira leitura de 2024. Também se repete no reel o livro "Os sofrimentos do jovem Werther", e os outros 3 foram:
3. Americanah, da Chimamanda Ngozi Adichie: Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo.
4. Grande Sertão: Veredas, do João Guimarães Rosa: Publicado originalmente em 1956, Grande sertão: veredas é uma das obras mais apaixonantes da literatura brasileira. Ao narrar o mundo através dos olhos de Riobaldo, Guimarães Rosa constrói um romance fascinante, que mescla sofrimento, luta, alegria, violência, amor e morte em uma prosa extremamente inventiva. Neste clássico arrebatador, as paisagens percorridas pelos jagunços ganham uma dimensão universal e profundamente humana. "Sertão: é dentro da gente."
5. Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro: Obra que confirmou definitivamente o lugar de João Ubaldo Ribeiro entre os maiores escritores de língua portuguesa, Viva o povo brasileiro foi lançado treze anos depois de Sargento Getúlio. Consagrado pela crítica e pelos leitores e considerado um dos mais importantes romances da literatura nacional, o livro se volta às origens do Recôncavo Baiano para recriar quase quatro séculos da história do país por meio da saga de múltiplos personagens. Viva o povo brasileiro se desenvolve em grande parte no século XIX, mas também viaja a 1647 e avança até 1977. Nele, realidade e ficção se misturam para criar um épico brasileiro com passagens heróicas e cômicas, tendo como pano de fundo momentos decisivos para a história do país, como a Revolta de Canudos e a Guerra do Paraguai.
E aí, qual desses livros será que vou ler primeiro? Façam suas apostas! Me conta nos comentários se você já leu algum desses e qual você recomenda.
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