Bora lá conversar sobre um dos meus gêneros literários favoritos! Eu amo ler e falar sobre distopias, então hoje vim aqui indicar 3 delas para quem tá querendo começar a ler esse gênero e quer entender como obras do tipo funcionam. Vamo nessa!
Mas o que são distopias?
lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação; antiutopia"
O conceito pode ir muito além disso, principalmente quando se tem um olhar subjetivo, já que a utopia de um pode ser a distopia de outro. Geralmente também teremos nas distopias uma ideia de futuro, que pode ser distante ou bem próximo, em que as coisas deram errado. Existem elementos que são comuns a várias distopias, enquanto outros são mais específicos e trazem autenticidade pra cada uma. As indicações que trago abaixo trazem diferenças e semelhanças entre si, e acho isso bem legal.
SINOPSE: O Grande Irmão está te observando. Em uma sociedade em constante estado de guerra contra outros países e contra os inimigos do sistema, cada cidadão deve viver sob a permanente vigilância das teletelas. Qualquer sinal de comportamento ou pensamento desviante da ideologia do Grande Irmão é severamente punido pela Polícia do Pensar. Funcionário do Ministério da Verdade responsável por reescrever notícias e registros históricos, Winston Smith atua alterando o passado e, assim, o presente. Treinado para obedecer e calar, ele começa, no entanto, a questionar essa realidade. Seus atos de rebeldia contra o sistema, como ousar manter um caderno subversivo, parecem mínimos, até que ele se depara com a oportunidade de fazer algo maior e colocar sua vida em risco por uma sonhada mudança.
POR QUE EU INDICO: acho que vale a pena começar logo por uma distopia clássica, que inspirou tantas outras. 1984 tem vários elementos que se tornaram característicos desse gênero, como o controle através da tecnologia, a manipulação de notícias e a formação de resistências. A escrita do George Orwell é super fluída, tranquila de ler, mas a narrativa é bastante pesada e impactante. Leia a minha resenha do livro clicando aqui.
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SINOPSE: Na abertura dos Jogos Vorazes, a organização não recolhe os corpos dos combatentes caídos e dá tiros de canhão até o final. Cada tiro, um morto. Onze tiros no primeiro dia. Treze jovens restaram, entre eles, Katniss. Para quem os tiros de canhão serão no dia seguinte?...
Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte!
Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido Distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?
POR QUE EU INDICO: essa foi a minha primeira distopia, que me fez ficar intrigada com esse gênero! Jogos Vorazes é um livro super envolvente, e acho uma boa pra o público mais jovem que quer ler algo distópico (li na adolescência e inclusive tô muito afim de reler). Mesmo que você já tenha visto o filme, vale super a pena ler o livro, que tem uma pegada bem mais política e com várias outras camadas. Leia aqui o meu post de 2013 sobre o livro.
SINOPSE: O romance distópico O conto da aia, de Margaret Atwood, se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América.
POR QUE EU INDICO: o diferencial de O conto da aia é com certeza o enfoque na opressão contra mulheres. O livro traz muito aquela sensação de "já estamos vivendo algo perto disso", o que é sempre aterrorizante. Distopias também servem de alerta e nos fazem repensar a nossa sociedade, o que para mim torna esses livros ainda mais interessantes. A minha resenha de O conto da aia está disponível aqui.
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Você já leu alguma distopia? Conta aí nos comentários e deixa a sua indicação!
Amei suas indicações. As duas primeiras já li e concordo com suas palavras e sobre o conto de aia tenho aqui mas ainda não li.
ResponderExcluirParabéns pela postagem.