Faz séculos que eu devia ter escrito essa resenha, mas meses se passaram desde que terminei a leitura de "O Iluminado" e acabei esquecendo que ainda não havia falado desse clássico do terror por aqui. Daí estava olhando o caderninho em que eu costumava escrever sobre minhas leituras e achei as considerações que escrevi na época, então resolvi vir aqui super atrasada mesmo compartilhar isso com vocês. Bora lá encarar essa trama?
SINOPSE
A luta assustadora entre dois mundos. Um menino e o desejo assassino de poderosas forças malignas. Uma família refém do mal. Nesta guerra sem testemunhas, vencerá o mais forte. Danny Torrance não é um menino comum. É capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado. Será uma maldição ou uma bênção? A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do hotel Overlook. Em O iluminado, quando Jack Torrance consegue o emprego de zelador no velho hotel, todos os problemas da família parecem estar solucionados. Não mais o desemprego e as noites de bebedeiras. Não mais o sofrimento da esposa, Wendy. Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny livrar-se das convulsões que assustam a família. Só que o Overlook não é um hotel comum. O tempo esqueceu-se de enterrar velhos ódios e de cicatrizar antigas feridas, e espíritos malignos ainda residem nos corredores. O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança. É uma sentença de morte. E somente os poderes de Danny podem fazer frente à disseminação do mal.
O Iluminado conta a história de Danny, um garoto de 5 anos bastante peculiar, e os seus pais, Jack e Wendy. Logo de início, Jack é apresentado como um homem frustrado e um tanto ranzinza, desses que acha que sabe tudo e nunca dá o braço a torcer. Já Danny é um garoto adorável, e Wendy uma mulher doce e extremamente compreensiva.
A família tem um passado obscuro composto pelo alcoolismo de Jack e seus comportamentos violentos. Após sofrer um acidente junto a seu parceiro de bebida, Jack abandona o hábito. Porém um ato de violência ainda acontece mesmo em sua sobriedade, o que lhe custa o emprego. Com isso, a esperança da família se instala numa nova oportunidade: uma vaga como zelador do Hotel Overlook durante o inverno, o que irá deixá-los isolados e confinados pela neve e pelos segredos do lugar.
***
É interessante como King retrata o que se passa na cabeça de Danny e toda a sua ingenuidade. Logo descobrimos que o garoto possui habilidades sobrenaturais, que o permite ver coisas e pessoas, além de ter um contato íntimo com os pensamentos dos outros. Porém, isso lhe custa alguns ataques e desmaios. Tudo isso preocupa bastante os pais do garoto, que em seus primeiros dias no Overlook, antes de ficarem totalmente isolados, chegam a procurar um médico para examinar o menino, mas ele sai de lá sem diagnóstico.
E, de repente, Danny teve um daqueles lampejos de compreensão que mais apavoravam; era como a aparição rápida e repentina de uma máquina estranha que podia salvar ou podia ser mortal. Era muito jovem para saber qual. Era muito jovem para entender." p. 94
No começo da história eu ainda consegui sentir certa empatia pelo Jack, que parecia estar se esforçando para ser alguém melhor e lutando para construir uma carreira como escritor. Mas aos poucos ele se transforma em um monstro - e, na minha opinião, não só por influência das forças sobrenaturais do Hotel, mas por sua própria personalidade mesmo.
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Acho que alguns pontos do livro poderiam ter sido melhor desenvolvidos, como os personagens secundários (adoraria saber mais sobre o Tony), e até todo o conceito do "redrum". Se essas pontas fossem melhor amarradas o conjunto da obra seria ainda melhor. No geral eu gostei do livro, mas "O Cemitério" e "Carrie, a estranha" ainda ocupam a primeira e segunda colocação no meu ranking do King atualmente. Preciso ler mais obras dele!
ISBN: 978-85-8105-048-5
Editora: Suma
Nota: 4/5⭐
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