Lidos em Julho // Wrap up

Maldita ressaca literária! Faz semanas que eu não sei o que é ler mais de um capítulo por vez, e as vezes passo dias sem nem se quer encostar num livro. Parte disso tem a ver com o fato de julho ter sido um mês super corrido no meu trabalho, o que comprometeu muito o tempo que dedico às minhas leituras. Ainda estou me habituando a essa nova rotina de professora em tempo integral, mas sei que vou conseguir me organizar e conseguir dar conta das coisas direitinho em breve. Enquanto isso, vamo lá conferir as minhas duas leituras do mês de julho! 

livros lidos em julho

Memória de minhas putas tristes, por Gabriel García Márquez

Sinopse: A história de um velho cronista e crítico musical que, em seu aniversário de 90 anos, pretende presentear a si mesmo com uma noite de amor louco com uma jovem virgem.Memória de minhas putas tristes desfia as lembranças de vida desse inesquecível e solitário personagem em mais um vigoroso livro de Gabriel García Márquez. O leitor irá acompanhar as aventuras sexuais deste senhor, narrador dessas memórias, que vai viver cerca de cem anos de solidão embotado e embrutecido, escrevendo crônicas e resenhas maçantes para um jornal provinciano, dando aulas de gramática para alunos tão sem horizontes quanto ele, e, acima de tudo, perambulando de bordel em bordel, dormindo com mulheres descartáveis, até chegar, enfim, a esta inesperada e surpreendente história de amor. É apenas na aparência que esta inesperada e surpreendente história de amor entre um ancião e uma ninfeta se insere numa tradição da qual fazem parte o Vladimir Nabokov de Lolita, o Thomas Mann de Morte em Veneza e o Yasunari Kawabata de A casa das belas adormecidas, ainda que este último tenha sido citado na epígrafe de Memória de minhas putas tristes e fornecido o mote a partir do qual o escritor colombiano Gabriel García Márquez pôs fim a um período de dez anos longe dos romances.Um leitor mais atento vai encontrar aqui as principais referências e motivações desse hino de louvor à vida e, por extensão, ao amor, já que um não existe sem o outro no imaginário do Prêmio Nobel de Literatura de 1982.O medo do amor é tão superlativo que o anti-herói dessas memórias vai preferir conviver com a mais terrível ameaça para o macho latino: o fantasma da impotência. E enquanto tivesse forças, resistiria ao poder do amor.Memória de minhas putas tristes é uma obra-prima que ressoa nas paixões evocadas pelos grandes mestres da ficção. 


O que achei: 3/5 ⭐ Vou jogar parte da culpa dessa minha ressaca literária nesse livro, que me causou um mix de sensações e me deixou refletindo por dias. Adorei conhecer a escrita do Gabo, odiei vários aspectos dessa história e conclui a leitura um tanto devastada. A minha resenha completa você encontra lá no blog do Pacote de Textos

Os trabalhos e as noites, por Alejandra Pizarnik 

"Os trabalhos e as noites foi publicado em 1965, logo após o retorno de Pizarnik à Argentina (ela viveu em Paris de 1960 a 1964). Encontram-se aqui vários dos elementos que marcam a poética de Pizarnik: a extrema brevidade; poemas construídos em torno de um número reduzido de palavras, quase sempre “nobres”, sem concessões ao coloquialismo ou ao pop; a ausência quase total de lugares identificáveis, referências históricas ou geográficas, cenas cotidianas; a atmosfera noturna (e soturna); uma radical negatividade." - Da apresentação de Ana Martins Marques.


O que achei: 3/5 ⭐ essa foi a minha cota de poesia de julho, e estou bem feliz de estar conseguindo ler ao menos um livro de poesia ou não ficção a cada mês! Antes de receber esse livro na edição de aniversário do Pacote de Textos eu nunca havia ouvido falar da Alejandra Pizarnik, que é a mestra dos poemas curtos. Alguns me encantaram bastante, outros nem tanto, e terminei querendo ler mais da autora. Recomendo! 


Livros lidos no mês: 2
Total de páginas lidas: 255
Média das notas: 3/5⭐

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