Neste Dia do Orgulho LGBTQIA+, resolvi compartilhar com vocês alguns dos meus romances favoritos e que trazem diversidade em seus personagens. Acredito com convicção que, para fortalecer a comunidade, é preciso falar sobre, ler sobre, e não só neste mês do orgulho, mas sempre. Admito que preciso ler mais autores LGBTQIA+ e venho buscando adquirir novos livros, e por isso convido todos vocês a também deixarem suas indicações nos comentários! Vamo nessa?
Todos, nenhum: simplesmente humano, por Jeff Garvin
SINOPSE: “A primeira coisa que você vai querer saber sobre mim é: sou menino ou menina?” Riley Cavanaugh é um ser humano com muitas características: perspicaz, valente, rebelde e… gênero fluido. Em alguns dias, se identifica mais como um menino, em outros, mais como uma menina. Em outros, ainda, como um pouco dos dois. Mas o fato é que quase ninguém sabe disso. Depois de sofrer bullying e viver experiências frustrantes em uma escola católica, Riley tem a oportunidade de recomeçar em um novo colégio. Assim, para evitar olhares curiosos na nova escola, Riley tenta se vestir da forma mais andrógina possível. Porém, logo de cara recebe o rótulo de aquilo. Quando está prestes a explodir de angústia, decide criar um blog. Dessa forma, Riley dá vazão a tudo que tem reprimido sob o pseudônimo Alix. Numa narrativa em que o isolamento é palpável a cada cena, Jeff Garvin traça um poderoso retrato da juventude contemporânea. Somos convidados a viver a trajetória de Riley e entender o quê, afinal, significa ser humano. Todos, nenhum: simplesmente humano é seu romance de estreia.
Minha Experiência: Li este livro cerca de 3 anos atrás, e lembro que aprendi demais com ele na época, me fazendo estudar mais sobre gênero e sua fluidez. Neste período, cursei na faculdade uma disciplina de antropologia da sexualidade e foi muito legal cruzar as informações contidas no livro com os debates feitos em sala de aula. A escrita do Jeff Garvin é super envolvente, e recomendo demais esta leitura.
Leah on the off beat, por Becky Albertalli
SINOPSE: Leah odeia demonstrações públicas de afeto. Odeia clichês adolescentes. Odeia quem odeia Harry Potter. Odeia o novo namorado da mãe. Odeia pessoas fofas e felizes. Ela odeia muitas coisas e não tem o menor problema em expor suas opiniões. Mas, ultimamente, ela tem se sentido estranha, como se algo em sua vida estivesse fora de sintonia. No último ano do colégio, em poucas semanas vai ter que se despedir dos amigos, da mãe, da banda em que toca bateria, de tudo que conhece. E, para completar, seus amigos não fazem ideia de que ela pode estar apaixonada por alguém que até então odiava, uma garota que não sai de sua cabeça.
Nesta sequência do sucesso Com amor, Simon, vamos mergulhar na vida e nas dúvidas da melhor amiga de Simon Spier. Em um livro só dela, mas com participações mais do que especiais dos personagens do primeiro livro, vamos acompanhar Leah em sua luta para se encontrar e saber com quem dividir suas verdades e seus sentimentos mais profundos.
Minha Experiência: Quem ainda não conhece os romances da Becky Albertalli precisa parar tudo e ir ler agora! Suas histórias são muito atraentes e divertidas, com personagens autênticos e interessantes. Sei que "Com amor, Simon" é o seu livro mais famoso, o que se deve em parte ao filme inspirado nele. Mas "Leah fora de sintonia" (uma espécie de sequência da história de Simon, trazendo alguns personagens do livro anterior) é igualmente icônico e traz como protagonista uma garota se descobrindo bissexual enquanto enfrenta vários outros problemas da adolescência.
Me chame pelo seu nome, de André Aciman
SINOPSE: A casa onde Elio passa os verões é um verdadeiro paraíso na costa italiana, parada certa de amigos, vizinhos, artistas e intelectuais de todos os lugares. Filho de um importante professor universitário, o jovem está bastante acostumado à rotina de, a cada verão, hospedar por seis semanas na villa da família um novo escritor que, em troca da boa acolhida, ajuda seu pai com correspondências e papeladas. Uma cobiçada residência literária que já atraiu muitos nomes, mas nenhum deles como Oliver.
Elio imediatamente, e sem perceber, se encanta pelo americano de vinte e quatro anos, espontâneo e atraente, que aproveita a temporada para trabalhar em seu manuscrito sobre Heráclito e, sobretudo, desfrutar do verão mediterrâneo. Da antipatia impaciente que parece atravessar o convívio inicial dos dois surge uma paixão que só aumenta à medida que o instável e desconhecido terreno que os separa vai sendo vencido. Uma experiência inesquecível, que os marcará para o resto da vida.
Com rara sensibilidade, André Aciman constrói uma viva e sincera elegia à paixão, em um romance no qual se reconhecem as mais delicadas e brutais emoções da juventude. Uma narrativa magnética, inquieta e profundamente tocante.
Minha Experiência: Este livro vem se tornando um verdadeiro clássico da literatura queer, e traz uma aventura de amor ambientada num dos cenários mais lindos que já li na vida. Tem resenha completa aqui no blog e tem também filme inspirado nele (que ainda preciso assistir). O autor também escreveu uma continuação, chamada "Me encontre", mas não fez tanto sucesso quanto o primeiro livro. Apesar disso, acredito que vale muito a pena conhecer a escrita do André Aciman.
É isso pessoal! Não esqueçam de deixar as suas recomendações nos comentários!
#LeiaComOrgulho
Desses que você falou li Com Amor Simon e Leah fora de sintonia, gostei bastante e lógico sempre aprendemos...Fico imaginando o quanto enriquecedor seria com uma turma de adolescentes, como poderíamos derrubar preconceitos...
ResponderExcluirAbraços
Eu estou procrastinando em ler Com Amor Simon e Leah fora de sintonia... Um romance literário bacana que eu indico é Tipo uma história de amor (Like A Love Story) do Abdi Nazemian.
ResponderExcluirApesar de querer muito ler os livros da Becky Albertalli, ainda não tive a chance, mas assisti Com Amor, Simon e (mesmo sabendo que é diferente) achei liiindo demais, foi muito emocionante!
ResponderExcluirDa sua lita li ''Todos, Nenhum, Simplesmente Humano'' e na época amei MUITO! Riley me tocou de tantas formas que só de pensar dá vontade de chorar... Eu queria que tivesse alerta de gatilho pra cena de violência que rola, confesso, porque foi muito terrível ler aquilo e pensar em quantas vezes acontece, mas é importante que as pessoas saibam o quanto esse mundo é cruel com quem só quer amar e/ou ser quem é em paz! Sensacional que isso casou com um período tão pertinente da sua formação, adoro quando isso acontece!