Quando a Editora Paralela anunciou este lançamento, fiquei super animada por saber que seria uma mistura de thriller psicológico com drama familiar. Amo os dois gêneros, e a premissa deste livro me intrigou de cara. Tratar de maternidade num contexto imperfeito tem sido uma tendência, uma vez que cada vez mais a sociedade demanda a desmistificação dessas visões idealizadas do que é ser mãe. Mas a trama desse livro vai muito além disso.
SINOPSE
Conforme seus medos são ignorados, Blythe começa a duvidar da própria sanidade. Mas quando nasce Sam, o segundo filho do casal, a experiência de Blythe é completamente diferente, e até Violet parece se dar bem com o irmãozinho. Bem no momento em que a vida parecia estar finalmente se ajustando, um grave acidente faz tudo sair dos trilhos, e Blythe é obrigada a confrontar a verdade.
Neste eletrizante romance de estreia, Ashley Audrain escreve com maestria sobre o que os laços de família escondem e os dilemas invisíveis da maternidade, nos convidando a refletir: até onde precisamos ir para questionar aquilo em que acreditamos?
Todos temos o direito de alimentar certas expectativas em relação aos outros e a nós mesmos. Com a maternidade não é diferente. Todos esperamos ter uma boa mãe, nos casar com uma boa mãe, ser uma boa mãe."
As coisas começam a mudar quando o casal tem o seu segundo filho. A conexão de Blythe com Sam se mostra muito diferente da que ela construiu com Violet, mas isso tem um custo: ela passa a ser questionada e até questionar a si mesma sobre o seu papel como mãe. A história passa então a adquirir um tom bem mais trágico, que revela problemas profundos neste contexto familiar.
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A trama central é intercalada por capítulos contendo a história da avó e da mãe de Blythe, que revelam muito dos traumas que ela carrega como mulher e como mãe até o presente do livro. Foram mulheres marcadas por relações abusivas, maus-tratos e distúrbios mentais, que mesmo tendo ocorrido em contextos diferentes, demonstram um histórico difícil na vida desta família.
Na medida que a trama vai evoluindo a tensão só aumenta, nos deixando curiosos sobre o que vai acontecer. Não posso garantir que o livro entrega todas as expectativas do leitor; para mim, faltou algo. Os momentos finais poderiam ter sido melhor construídos, e a conclusão decepciona. Mas aí é questão de gosto, cada um tem o seu.
O que me agradou neste livro, além da temática pertinente, foi a escrita da Ashley Audrain. Ela soube construir uma narrativa page-turner, daquelas que te fazem não querer parar de ler. É um bom livro para ler num final de semana, quando você tem tempo livre pra só parar quando realmente chegar ao fim. Fiquei feliz de saber que ele será adaptado para o cinema, e acho que essa produção promete.
ISBN: 978-85-84391-98-1
Editora: Paralela
Nota: 4/5 ⭐
Eu estou com esse livro na lista de desejados haum tempinho. Eu amo essa combinação de thriller psicológico com drama tb. Que bom que a leitura funcionou pra vc. No meu caso, está é aumentando as expectativas... rs
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
Não conhecia o livro mas confesso que fiquei bem curiosa!!! Dica anotada. No momento estou lendo Dança da Água.
ResponderExcluirAbraços
Tenho ouvido falar desse livro desde que ele estava em pré lançamento e ao mesmo tempo que me despertou uma certa curiosidade, fiquei com um pezinho atrás. Isso porque adoro thrillers psicológicos, mas não curto histórias que giram em torno de dramas familiares e o tema maternidade diminui ainda mais meu interesse. Então sempre que vejo uma resenha sobre ele paro pra ler e tentar descobrir se quero ler ou não. Apesar de ainda não ter me decidido seu texto trouxe alguns pontos muito bons.
ResponderExcluirEu fiquei tão curiosa para ler essa história e saber os motivos pelos quais a mãe se dá mais bem com um filho do que com a outra...
ResponderExcluirMe pareceu ser super interessante, apesar de você citar que esperava um pouco mais do final. Acho que eu daria uma chance a esse livro! :)
Eu nunca tinha ouvido falar desse livro e fiquei MUITO CURIOSA PRA LER! A mistura da narrativa envolvente (mesmo que o final tenha te deixado a desejar) com a maneira como você a entregou, devagarzinho e ressaltando cada parte relevante sem revelar o que pode "estragar" a história foi perfeita e eu já queria abraçar a Blythe jogada no meio desse furacão, mesmo sem conhecê-la realmente. Obrigada por essa resenha!
ResponderExcluirAh, as fotos ficaram maravilhosas!