Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, é um dos clássicos mais icônicos da literatura mundial. Embora seja amplamente comentado e conhecido, não resisti à vontade de compartilhar as minhas impressões, que talvez tragam um olhar um pouco diferente sobre essa obra tão celebrada. Então, vamos lá!
SINOPSE
Primeiras impressões de uma leitura com altos e baixos
Confesso que meu contato inicial com o livro foi numa edição resumida, que abandonei sem chegar ao final. Recentemente, adquiri a edição da Martin Claret com uma capa deslumbrante e, finalmente, mergulhei na leitura completa. O início foi um desafio: apesar de apreciar a forma como Jane Austen apresenta os personagens, achei que a primeira metade do livro demorou a engrenar. Alguns capítulos pareciam desnecessariamente longos, quase arrastados.
Por outro lado, a protagonista, Elizabeth Bennet, me conquistou desde as primeiras páginas. Inteligente, perspicaz e dona de uma personalidade forte, ela é o coração da história. No entanto, o romance entre Elizabeth e Mr. Darcy demora a ganhar destaque, ficando muitas vezes eclipsado pelos eventos relacionados ao casamento de suas irmãs e por outras propostas de matrimônio, como a do intragável Mr. Collins – que, felizmente, Elizabeth recusa com elegância.
Personagens que se destacam e outros que poderiam brilhar mais
Além de Elizabeth, gostei muito de sua irmã Jane e de seu pai, Mr. Bennet, que traz momentos de humor ácido e reflexões interessantes. No entanto, fiquei curiosa sobre Mary, a irmã mais introspectiva e dedicada aos estudos. Gostaria que Austen tivesse explorado mais esse personagem, que parece tão alheio às intrigas e preocupações matrimoniais que dominam a narrativa.
Em que época e onde se passa a história?
A trama de Orgulho e Preconceito se desenrola na Inglaterra do final do século XVIII e início do XIX, um período marcado por convenções sociais rígidas, em que o casamento era muitas vezes visto como um meio de segurança financeira. A narrativa se passa principalmente no condado fictício de Hertfordshire, com cenas também ambientadas em Pemberley, a propriedade de Mr. Darcy, e em Londres.
Adaptações para o cinema e onde assistir
Orgulho e Preconceito ganhou diversas adaptações ao longo dos anos, mas a mais conhecida é o filme de 2005, dirigido por Joe Wright e estrelado por Keira Knightley como Elizabeth Bennet e Matthew Macfadyen como Mr. Darcy. O filme foi gravado em locações deslumbrantes na Inglaterra, incluindo Chatsworth House, que serviu como a icônica Pemberley. Atualmente, ele está disponível para assistir no streaming da Prime Video.
LEIA TAMBÉM: O sol é para todos (Harper Lee)Elizabeth é realmente uma personagem forte, e gostei muito de sua postura firme ao tomar decisões. Também gostei muito do seu pai e de sua irmã Jane, mas gostaria de ter visto mais sobre Mary - a sua irmã mais calada, que se dedica bastante aos estudos. Acho que seria interessante ter explorado um pouco mais sobre ela no livro, pois fiquei curiosa sobre o que tanto ela fazia e no que pensava nas horas em que estava ausente do círculo principal.
Quem escreveu?
Jane Austen (1775-1817) foi uma das maiores escritoras inglesas, conhecida por suas obras que exploram as complexidades das relações humanas e as convenções sociais de sua época. Embora tenha publicado apenas seis romances em vida, seu impacto na literatura é imenso. Orgulho e Preconceito, publicado em 1813, é amplamente considerado sua obra-prima, mesclando humor, romance e crítica social com maestria.
Apesar de algumas partes do livro terem sido lentas para mim, Orgulho e Preconceito me marcou o suficiente para querer explorar outras obras de Jane Austen. Talvez eu precise de mais paciência para romances que se desenrolam com a calma típica de sua época, mas valeu a pena pela experiência e pelos personagens tão bem construídos.
Se você deseja ler este clássico, recomendo adquirir sua cópia por este link aqui e mergulhar nessa história inesquecível. E depois, por que não assistir ao filme para comparar?
E você, já leu ou assistiu a alguma adaptação de Orgulho e Preconceito? Compartilhe suas impressões nos comentários!
que edição linda! esse é mesmo um classico da literatura muito gostoso de ler que fala sobre o poder feminino numa época que era ainda mais dificil a mulher ter voz
ResponderExcluirTambém sou apaixonada por essa edição <3
ExcluirA história do livro fala por si gosto de histórias que tenha personagens forte como a Elizabeth, uma mulher que toma decisões, gosto bastante de romances de época, bjs.
ResponderExcluirQueria gostar mais de romances de época, viu? hehe Mas com certeza darei mais chances ao gênero!
Excluirque demais esse ivro, já tinha ouvido falar muito dele, mas não dessa forma que abordou, amei!!
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado, Patricia!
ExcluirAmo ler, já ouvi e li muitos comentários sobre ele, e não sei por que ainda não o li. Com esse post, essa resenha veio como um incentivo.
ResponderExcluirAh, amei as fotos, todas muito lindas.
Beijos
Quando ler volta aqui pra me contar o que achou! Beijão <3
ExcluirEu ouvi a primeira vez esse título pelo filme que amei muito, nossa você falando sobre o livro, me deixou bem curiosa pra ler.
ResponderExcluirElisabeth realmente é uma mulher que nos enche de orgulho.
Eu tô louca pra ver logo o filme, mas ainda não tive tempo!
ExcluirA linguagem é massante neh?! Esse é um clássico. Mas é tão bom ler resenhas de livros, que já leu... vc acaba enchergando com outros olhos e vendo o que talvez não tenha visto
ResponderExcluirNão acho que todos os clássicos sejam assim, mas esse realmente não atingiu as minhas expectativas...
ExcluirEu quero muito ler, fiquei encantada com a forma como você explicou sobre ele. E sim, ADOREI A CAPA! ♥
ResponderExcluirQue livro mais lindo, já vi o filme, muito bom bjo
ResponderExcluirEu nunca li o livro, mas já assisti umas dez vezes o filme...rsrs
ResponderExcluirSimplesmente adoro a história e com a sua experiência fico pensando se eu vou gostar do livro ou se também não vou me prender muito a esta leitura. Enfim, mas fiquei curiosa em saber se o livro é mais detalhado do que o filme.
Provavelmente o livro tem mais detalhes sim, já que possui mais de 400 páginas, mas preciso ver o filme pra ter certeza! Espero gostar também <3
ExcluirEu adorei a capa, teria comprado ele só pela capa mesmo e não pela história em si. Não gosto de livros que demoram a se desenrolar. Beijo
ResponderExcluirAmo os romances de época, Orgulho e preconceito foi a primeira obra da Austin que eu li e tenho um carinho muito grande por ele! Gosto de personagens femininas fortes, e isso Jane Austen entende!
ResponderExcluirJane Austin funciona para alguns e para outros não. Eu amei essa leitura, foi um dos primeiros romances clássicos que li e foi uma leitura excelente. A autora está no meu coração e amo tanto o filme quanto o livro.
ResponderExcluirBeijo
Imersão Literária
Eu li há tanto tempo atrás, bem antes de ele estar mais na moda ou de ter o filme, sabe??? História belíssima!!!
ResponderExcluirOlá, Malu
ResponderExcluirEu tentei ler esse livro quando era adolescente e não rolou. Ele está no meu projeto deste ano, mas não sei se vou conseguir ler.
Que bom que mesmo com as ressalvas você manteve a curiosidade pelos livros da autora e não se deixou abater pelo fato de não ter curtido tanto esse. Espero que sua próxima experiência com Jane Austen seja melhor!
Beijos
- Tami
https://www.meuepilogo.com
Oi
ResponderExcluiruma pena que a leitura dele acabou não te agradando tanto, mas mesmo assim curtiu algo, eu ainda não li nada da autora, mas tenho muita curiosidade, ainda mais porque ando viciada no gênero.
http://momentocrivelli.blogspot.com
Essas novas edições lançadas pela Martin Claret realmente são bem bafônicas! O negócio é o seguinte... eu também tenho ele por aqui nessa versão simplificada que você falou e não sinto muita vontade em ler justamente por isso.A ai... mas ás vezes romances de época nos irritam mesmo. Tenho bastante curiosidade em ler algo da autora e o farei,mas no momento ainda não. Obrigada pela sinceridade.
ResponderExcluirBeijos,
Monólogo de Julieta
Sou leitora de Jane Austen há anos e adoro Orgulho e Preconceito, mas confesso que não me interessei por Mary... até por saber que o futuro dela seria cuidar dos pais e dos filhos das irmãs, justamente por se tratar de um romance de época. Não teria um pretendente na época vitoriana e ocuparia o cargo de titia, fatalmente.
ResponderExcluirGosto de Lizziê Bennet e desprezei o pedido de casamento feito por Darcy, odiando-o profundamente por cada frase horrível. E amei o nem se fosse o único homem da face da terra, eu diria sim. (quase isso).
Na minha opinião, mesmo sendo o mais famoso, não é o melhor romance de Jane Austen. Sem dúvida, ela é trouxe um elemento novo para a narrativa, tanto que se repete em filmes, séries e novelas. Ali o amor não é a primeira vista, é algo que vai acontecendo aos poucos, nesse não-acontecimento que você encontrou na primeira parte. O amor não é exatamente o foco da autora, já que para as mulheres, casar por amor era raro. Tudo era interesse e isso fica claro nos gestos da mãe que só pensa em casar as filhas e resolver seus problemas.
De Jane Austen, o melhor, na minha opinião é Mansfield Park, mas amo Sensi and Sensibility.
bacio