Resenha: Amanhecer na Colheita (Suzanne Collins)

Como fã de longa data do universo de Jogos Vorazes, garanti minha edição de Amanhecer na Colheita ainda na pré-venda e comecei a leitura assim que pude. Levei um tempo para vir escrever sobre ele aqui no blog, mas isso não significa ter ficado desinformada sobre as novidades que envolvem o livro. Nesse intervalo, fui me animando com as notícias sobre a adaptação cinematográfica da obra, prevista para estrear em 20 de novembro de 2026

Saidiya Hartman: reescrevendo histórias silenciadas com fabulação crítica

Nem tudo que foi vivido virou documento. E, muitas vezes, o que chegou até nós veio distorcido, incompleto, contado pelos olhos de quem detinha o poder. Como resgatar, então, as histórias de quem foi sistematicamente silenciado? Como recontar vidas que só aparecem no arquivo como mercadoria, estatística ou dano? É nesse terreno, entre o apagamento e a memória, que se move a obra potente de Saidiya Hartman.

Resenha: A boba da corte (Tati Bernardi)

A boba da corte, novo livro de Tati Bernardi, é uma leitura que desperta sentimentos ambíguos. Com seu estilo ácido e confessional, a autora se desnuda em relatos que misturam humor, melancolia e um certo desespero silencioso diante do mundo que habita: a elite econômica e cultural de São Paulo. Ao longo das páginas, Tati compartilha episódios que vão do cotidiano banal a reflexões existenciais atravessadas por angústias muito particulares — mas que, ao mesmo tempo, ressoam em quem também já se sentiu deslocado em espaços de poder.

Resenha: Intermezzo (Sally Rooney)

E vamos lá para a resenha de mais um livro da Sally Rooney, autora irlandesa que se tornou um dos nomes mais comentados da literatura contemporânea. Embora não tenha desbancado Pessoas normais como meu favorito da autora, Intermezzo reafirma o talento que Rooney tem de captar as nuances do que é viver no mundo atual, com aquela escrita que te faz pensar: “nossa, é exatamente assim que eu me sinto!”.

Mickey 17: uma ficção científica divertida, distópica e recheada de referências políticas

No dia 2 de abril eu finalmenteee assisti Mickey 17, lá no Cinemark, depois de um bom tempo desde sua estreia oficial. Confesso que fui movida por uma curiosidade dupla: queria muito ver Robert Pattinson nesse papel e estava especialmente intrigada pela direção de Bong Joon Ho, que assina o filme. As opiniões que ouvi antes da sessão estavam bem divididas — algumas pessoas se divertiram horrores, outras acharam o filme simplesmente “nada a ver”. E com uma nota que gira em torno dos 70% no Rotten Tomatoes, fui ao cinema tentando manter as expectativas no lugar.